Em 1930, na Espanha, era comum as plantas de apartamentos terem
tetos altos, corredores longos e grandes banheiros, pois era ali onde convidados ilustres transitavam. Assim, era necessário que esses espaços fossem conceituados como cômodos, ambientes para se habitar. Parte dessa tradição ainda está impressa na
Casa Huellas, do
cumuloLimbo studio, situado em Madri.
(Javier de Paz García / CASACOR)
Vários aspectos foram mantidos, apenas atualizados para o nosso tempo. Dessa forma, equilibrou-se o tamanho dos cômodos, ampliando-se quarto e cozinha para que neles fosse possível passar o tempo e realizar outras atividades. Em vez de uma
sala de estar, foi criada uma sala comum e flexível, que pudesse ser utilizada como sala de jantar, de dança ou workshop, à depender da necessidade.
O grande destaque da renovação, porém, é a
cozinha. As instalações antigas foram conservadas, mantendo o charme
vintage do ambiente, mas sua configuração foi alterada, permitindo que a nova distribuição se dê junto às paredes, em uma nova diagonal. Os
ladrilhos hidráulicos em diferentes tons de rosa deram vida à
decoração, que se tornou moderna e nada convencional.
No
banheiro, manteve-se o padrão triangular para o revestimento, que tirou partido de materiais brutos, como a
pedra, para contrapor a composição. O
cimento queimado aparece ao lado dos tons quentes de rosa na parede oposta, criando uma continuação visual em todo o apartamento.
(Javier de Paz García / CASACOR)
A distribuição típica de outra era é visível nas paredes e no teto, que foram mantidos originais. A premissa do escritório é transformar, e não destruir, assim "mantendo os rastros do que costumava ser". Com pequenas intervenções, necessárias e coerentes, foi possível introduzir o apartamento às necessidades atuais, sem descaracterizá-lo por completo.
Via
ArchDaily