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Anna Maria Maiolino recebe Leão de Ouro na 60ª Bienal de Arte de Veneza

Artista plástica ítalo-brasileira será homenageada na 60ª edição da Bienal de Arte de Veneza, em 2024

Por Redação
Atualizado em 3 nov 2023, 12h18 - Publicado em 3 nov 2023, 12h10

A artista plástica ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino irá receber o Leão de Ouro pelo conjunto da obra na próxima edição da Bienal de Arte de Veneza, em 2024. Nascida na Itália e radicada no Brasil, Anna Maria Maiolino vive e trabalha em São Paulo, onde, aos 81 anos, desenvolve obras em poesia, xilogravura, fotografia, cinema, performance, escultura, instalação e desenho.

Anna Maria Maiolino recebe Leão de Ouro na 60ª Bienal de Arte de Veneza
De: Para (1974) – Anna Maria Maiolino. (Sérgio Guerini/CASACOR)

“Esta decisão é particularmente significativa dado o título e o enquadramento da minha exposição, centrada em artistas que viajaram e migraram entre o Norte e o Sul, a Europa e mais além, e vice-versa”, explica o curador da Bienal de Arte de Veneza, Adriano Pedrosa, também diretor artístico do MASP. Ao lado de Maiolino, também receberá o Leão de Ouro na 60ª edição da Biennale a artista turca radicada em Paris Nil Yalter. Ambas as artistas participarão da Bienal de Arte pela primeira vez.

Sobre Anna Maria Maiolino

 

Anna Maria Maiolino
Minha Família (1966) – Anna Maria Maiolino. (Paulo Scheuenstuhl/CASACOR)

Anna Maria Maiolino nasceu em 1942 em Scalea, no sul da Itália, e foi criada por uma família de pai italiano e mãe equatoriana. Quando ela tinha 12 anos, a família emigrou para a Venezuela – único país que, na época, aceitava migrantes após a Segunda Guerra Mundial. Desde então, Anna Maria viveu uma vida nômade entre Rio de Janeiro, Nova York, Buenos Aires e São Paulo, onde vive e trabalha desde 2005.

Hoje, sua prática explora as noções de subjetividade por meio de desenho, gravura, poesia, filme, performance, instalação e escultura. Durante mais de seis décadas, ela explorou os temas universais da fragilidade, fome, migração, maternidade, resistência, amor e saudade de algo perdido. Sua arte pode ser vista como um acúmulo de experiências, não apenas como um trabalho manual.

Seu trabalho consta no acervo de mais de 30 museus, como o Instituto Tomie Ohtake e o MASP, em São Paulo; o MoMA, em Nova York; o Tate Modern e a Galeria Whitechapel, em Londres; o Centre Pompidou, em Paris; o Reina Sofia, em Madri; e o Malba, em Buenos Aires.

Na Bienal de Veneza, ela apresentará um novo trabalho de grandes dimensões que dará sequência a uma série de esculturas e instalações em argila.

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