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“Utopias da Vida Comum” é o tema brasileiro na Bienal de Veneza

A mostra que procura mapear as utopias presentes em solo brasileiro tem curadoria do Arquitetos Associados e de Henrique Penha

Por Giovanna Jarandilha
29 Maio 2021, 10h00
biennale di architettura bienal de arquitetura de veneza 2021 capa giardini arsenale arquitetura arte exposição evento how will we live together como viveremos juntos
(Reprodução/CASACOR)

O pavilhão brasileiro na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza será orientado pelo tema “Utopias da Vida Comum“. Localizado no Giardini, a mostra procura mapear as utopias presentes em solo brasileiro, da cosmovisão Guarani da Terra sem Males até a contemporaneidade, destacando alguns momentos singulares em que ideias transformadoras promoveram ou têm o potencial de promover mudanças significativas no modo como arquitetura e cidade podem fomentar novas alternativas para a vida comum.

A curadoria é do escritório mineiro Arquitetos Associados (composto pelos arquitetos e urbanistas Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff), em conjunto com o designer visual Henrique Penha. A exposição será acompanhada de um catálogo digital, com lançamento previsto para o final de junho.

A exposição, concebida antes da pandemia de Covid-19, ganha novos significados no contexto atual: “Repensar formas de convivência entre os humanos e o planeta em termos ecologicamente viáveis e socialmente inclusivos parece ser uma urgência que se amplifica a partir da experiência coletiva imposta pela pandemia, o que reforça a relevância dos temas que a exposição procura discutir”, complementam os curadores.

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A Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano acontece sob o tema “Como Viveremos Juntos?”. (Divulgação/CASACOR)

Dois núcleos compõem a mostra. O primeiro, chamado de Futuros do passado, é dedicado a dois projetos icônicos da arquitetura moderna, realizados entre o fim do Estado Novo e o governo de Juscelino Kubitschek, e às utopias que os orientaram. Neste núcleo, o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (1947), conhecido como Pedregulho, na zona norte do Rio de Janeiro, é visitado pelas lentes da artista visual Luiza Baldan, que reinterpreta a obra de Affonso Eduardo Reidy, ao passo que a Plataforma Rodoviária de Brasília (1957), de Lúcio Costa, é tema de um ensaio do fotógrafo Gustavo Minas.

O segundo núcleo, Futuros do presente, apresenta dois vídeos comissionados especialmente para a mostra, que refletem sobre a ocupação das metrópoles contemporâneas. Um deles, dos diretores Aiano Bemfica, Cris Araújo e Edinho Vieira, apresenta as possibilidades de reapropriação de edifícios nos centros de grandes metrópoles, enquanto que o segundo, do diretor Amir Admoni, reinterpreta poeticamente a ideia de apropriação dos rios e de suas margens a partir do projeto Metrópole Fluvial, desenvolvido pelo grupo de pesquisa de mesmo nome da Universidade de São Paulo.

Fonte: Fundação Bienal de São Paulo

 

 

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