À primeira vista, esta casa parece flutuar: o efeito se dá principalmente pela união do
fechamento de vidro do pavimento inferior com as
treliças móveis que cobrem a fachada. Mas o projeto do escritório
FGMF para a
Casa Cumaru vai muito além, trazendo um conjunto coeso formado por
concreto, aço, vidro, madeira, água e vegetação em
1275 m² de área construída.
Uma sequência de
quatro pórticos ampara o volume do andar superior, fazendo com que o pavimento térreo pareça um leve bloco de vidro. Do lado da estrutura onde ficam os ambientes internos, os pórticos são formados por quatro pilares de concreto.
Na parte vista da rua, apenas
dois pilares sustentam uma grande treliça metálica de 22 m de comprimento. A estrutura também sustenta as quatro vigas de concreto sobre a laje de cobertura, responsáveis por suspender toda a construção.
O volume principal, um misto de concreto e aço, abriga todas áreas internas da residência, além de cobrir a varanda com pé-direito duplo e parte da piscina.
O programa estendido é formado por
salas, cozinha, varanda e sauna no pavimento térreo, garagem, áreas de serviço e áreas técnicas no subsolo e quatro suítes, escritório e home theater no superior.
Além do sistema estrutural e dos grandes painéis de vidro,
a madeira é elemento de grande destaque nesta casa, aparecendo na forma de revestimento ripado de madeira cumaru no andar superior, nas portas do tipo camarão dos quartos, nos brises móveis sobre a piscina, no deck de madeira da varanda e na madeira carbonizada no espaço gourmet.
A leveza e transparência da casa permite total integração entre o dentro e o fora, entre a construção e o paisagismo: as plantas ora invadem a casa, ora estão apenas separadas das áreas internas por leves painéis de vidro ou ainda estão cobertas pela grande laje ao lado da piscina.