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Conheça o novo centro do Museu Americano de História Natural em Nova York

Novo Centro Richard Gilder para Ciência, Educação e Inovação tem projeto de Studio Gang e Ralph Appelbaum Associates. Inauguração será em 2023

Por Nádia Sayuri Kaku
13 dez 2022, 18h00
centro Museu Americano de História Natural Nova York
O Kenneth C. Griffin Exploration Atrium, um espaço cívico elevado de quatro andares que serve como uma nova porta de entrada para o Museu a partir da Columbus Avenue, fluindo pelo campus para criar um caminho para os visitantes do Theodore Roosevelt Park ao Central Park West. (Neoscape, Inc./© AMNH/CASACOR)

O Museu Americano de História Natural divulgou fotos do avanço das obras para o Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation, que está rapidamente tomando forma em aço, vidro e concreto projetado. As imagens destacam os espaços imponentes e iluminados que vão abrigar o público do Gilder Center a partir de 17 de fevereiro de 2023.

Com seus mais de 20.000 m² e arquitetura projetada pelo Studio Gang – o famoso escritório de arquitetura e design internacional chefiado por Jeanne Gang –, o Gilder Center foi concebido para convidar as pessoas a explorar as fascinantes relações entre as espécies que compõem a vida na Terra, ao mesmo tempo destacando todas as ricas conexões entre os acervos, projetos de pesquisa, programas educacionais e galerias de exposição do Museu.

centro Museu Americano de História Natural Nova York
Assinado pelo Studio Gang, o projeto Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation também inclui melhorias na parte adjacente do Theodore Roosevelt Park, com um novo projeto paisagístico de Reed Hilderbrand que adiciona áreas de estar e reunião, expande a circulação, revitaliza o plantio e melhora a infraestrutura do parque. (Neoscape, Inc./© AMNH/CASACOR)

Fisicamente, o Gilder Center conecta diversos edifícios do Museu Americano de História Natural, criando um campus expandido que atravessa quatro quarteirões de Nova York, dando vida ao conceito planejado inicialmente para o projeto há mais de 150 anos. “Em suas exposições e programas – e também na surpreendente arquitetura que as apresenta ao mundo -, o Gilder Center alia pensamento baseado em evidências a experiências que transportam nossa percepção e capturam a essência da exploração e da inovação científica”, afirma Ellen V. Futter, Presidente do Museu.

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centro Museu Americano de História Natural Nova York
Vista da ponte do quarto andar voltada para o oeste em direção à Columbus Avenue e ao Theodore Roosevelt Park. (Timothy Schenck/© AMNH/CASACOR)

O espaço de exposição do Centro foi concebido pelo escritório de design Ralph Appelbaum Associates e contará com uma série de espaços diferentes. O Átrio de Exploração Kenneth C. Griffin, um grande espaço cívico de quatro andares, servirá como a nova porta de entrada do Museu para quem chega da Columbus Avenue. O Átrio se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um caminho que leva direto à região oeste do Central Park. As elegantes e imponentes curvas e recessos do espaço são o cartão de visitas do Gilder Center para quem chega, incentivando as pessoas a explorar o espaço.

Já a Biblioteca de Pesquisa e Espaço de Aprendizagem David S. e Ruth L. Gottesman dará acesso aos recursos de estudos em paralelo da Biblioteca do Museu. Com uma vista panorâmica para o oeste, o quarto andar ficará aberto ao público e incluirá uma nova sala de leitura, uma área de exposições, uma sala de estudos em grupo e um espaço para que as pessoas possam simplesmente relaxar para ler um pouco ou consultar o acervo de livros. O local também oferecerá toda uma programação de eventos e exposições que falam sobre a história da ciência através dos acervos do Museu, como o Acervo de Livros Raros, entre outras atividades.

Conheça o novo centro do Museu Americano de História Natural em Nova York
Biblioteca de Pesquisa e Espaço de Aprendizagem David S. e Ruth L. Gottesman. (Neoscape, Inc./© AMNH/CASACOR)

O Núcleo de Acervos Louis V. Gerstner, Jr. possui uma estrutura vertical com três andares de exposições do chão ao teto que representam cada área temática dos acervos do Museu – biologia de vertebrados e invertebrados, paleontologia, geologia, antropologia e arqueologia – com artefatos que vão desde trilhas de fósseis a trilobitas, chifres a objetos de cerâmica.

O Insetário da Família Susan e Peter J. Solomon é a primeira galeria do Museu em mais de 50 anos dedicada ao mais diverso grupo de animais da Terra. Com insetos vivos e pinados e exibições gráficas e digitais, o Insetário terá espécimes de boa parte das 30 ordens de insetos e vai explorar os papéis vitais que os insetos desempenham nos diferentes ecossistemas. Modelos gigantes de abelhas suspensas sobre o teto guiarão as pessoas pela galeria em direção a uma colossal colmeia na extremidade oeste. Ao longo do caminho, as visitantes passarão por um corredor suspenso de vidro construído para servir de rota para formigas-cortadeiras vivas, transformando o local em uma das maiores exibições da espécie em todo o mundo.

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O Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation incluirá o novo Davis Family Butterfly Vivarium: aberta o ano todo, a exposição permanente é onde os visitantes podem se misturar com até 80 espécies de borboletas que voam livremente – e às vezes experimentar uma pousando sobre eles. (Neoscape, Inc./© AMNH/CASACOR)

No Biotério Família Davis Butterfly, com quase 300 m² de área e aberto todo o ano, será possível interagir com até 80 espécies de borboletas em voo livre – e às vezes até sentir uma pousando em você. A galeria oferecerá a oportunidade de passear por uma série de microambientes sinuosos para observar as borboletas, um dos “termômetros” ambientais mais importantes da natureza. Será possível, ainda, identificar as borboletas através de placas com um cartão ilustrado para cada espécie em voo, atualizadas diariamente.

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Mundos Invisíveis, uma extraordinária experiência imersiva em 360º que combina ciência e arte foi projetado pela Tamschick Media+Space de Berlim e pela Boris Micka Associates, sediada em Sevilha, que trabalharam de perto com especialistas em visualização de dados e cientistas do Museu e de todo o mundo para criar a experiência. O espaço começa com uma galeria introdutória projetada pelo Departamento de Exposições do Museu, que flui então para um segundo ambiente de 1200 m² com espelhos suspensos no teto e paredes de 7 m de altura que preenchem o ambiente com projeções em todas as escalas, gerando um todo que cria a impressão de infinito.

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Testes de padrões projetados por técnicos que trabalham na Invisible Worlds, uma experiência imersiva de ciência e arte em 360 graus projetada pela Tamschick Media + Space com Boris Micka Associates, localizada no Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation no American Museum of História Natural. (Timothy Schenck/© AMNH/CASACOR)

Projeto arquitetônico

 

O projeto do Studio Gang para o Gilder Center conecta galerias novas e existentes de forma a destacar os vínculos intelectuais entre diferentes áreas da ciência, com curvas fluidas, recessos, janelas e pontes inspiradas por formações naturais que sugerem exploração, conexão e descoberta.

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Vista oeste de dentro do Griffin Atrium.
Vista oeste de dentro do Griffin Atrium. (Timothy Schenck/© AMNH/CASACOR)

A localização central do Núcleo de Acervos Gerstner – uma estrutura vertical de cinco andares com três andares de exposições mostrando uma variedade de conjuntos e permitindo às pessoas visualizar diretamente os espaços de preparação de acervos -, enfatiza o papel dos acervos científicos como a base a partir da qual se forma o conhecimento científico.

Realizado em colaboração com o arquiteto executivo Davis Brody Bond, o Gilder Center cria aproximadamente 30 conexões entre dez edifícios existentes (incluindo os recém-inaugurados Halls de Gemas and Minerais Allison e Roberto Mignone), melhorando muito a circulação de visitantes e eliminando becos sem saída.

Vista oeste de dentro do Griffin Atrium.
Vista da construção da ponte do quarto andar. (Timothy Schenck/© AMNH/CASACOR)

O Átrio Griffin se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um novo caminho para visitantes do Central Park West e oferecendo mais um convite às pessoas para explorar tudo o que o Museu Americano de História Natural tem a oferecer. Uma vez dentro do Átrio, as pessoas se deparam com um espaço em forma de cânion com pontes e aberturas que as conecta – física e visualmente – em múltiplos níveis às novas galerias de exposição, espaços educacionais e acervos, transmitindo uma sensação constante de descoberta. Esse espaço, como grande parte do Gilder Center, tem sua base construída com concreto pulverizado diretamente sobre o vergalhão, sem o trabalho tradicional de moldagem. Essa técnica, conhecida como shotcrete (ou “concreto projetado”), foi inventada por Carl Akeley, naturalista e taxidermista do Museu. Uma vez curado, o concreto é acabado à mão, demonstrando a fluidez do material.

A verticalidade do Átrio Griffin também funciona como aspecto chave da sustentabilidade da construção, permitindo a entrada de luz natural e a circulação de ar até o coração do interior do edifício. Grandes claraboias trazem a luz do dia para os locais mais interiores do campus, enquanto a altura permite a introdução de ar-condicionado no nível do solo, reduzindo a demanda de resfriamento.

O granito rosa Milford é aplicado em seções na fachada em obras.
O granito rosa Milford é aplicado em seções na fachada em obras. (Timothy Schenck/© AMNH/CASACOR)

A fachada do Gilder Center voltada para Columbus Avenue será revestida com granito rosa Milford – a mesma pedra usada para a entrada do Museu no Central Park West -, conectando as duas laterais do campus do Museu Americano de História Natural. As pedras são organizadas em painéis tridimensionais que juntos criam uma fachada ondulada. O padrão diagonal evoca tanto as camadas geológicas da Terra quanto a superfície ricamente texturizada e sinuosa da estrutura de alvenaria do Museu que dá para a 77th Street.

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O edifício de alto desempenho tem um revestimento de pedra que, juntamente com o design das janelas e o uso da sombra das árvores, ajudará a manter o edifício naturalmente fresco no verão. A paisagem do parque é altamente eficiente em termos de consumo de água, com vegetação adaptativa e um sistema de irrigação que reutiliza as águas pluviais coletadas no prédio.

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