Imagine pisar dentro de um filme de Wes Anderson – só que ao invés de Budapeste, na Hungria, você está em Paris, na França; mais especificamente no badalado bairro de Marais, onde concentram-se brechós descolados, restaurantes de autêntica culinária francesa e
boulangeries charmosas a cada esquina, a apenas poucos metros da famosa catedral de Notre Dame. Assim é o
Le Grand Mazarin – hotel da rede francesa Maisons Pariente, com unidades na Provença, em Méribel, Saint-Tropez e, claro, Paris. A referência não é à toa: apesar da curadoria detalhada de
décor parecer te engolir para dentro dos cenários do cineasta, certos elementos, como o uniforme roxo profundo usado pelo
staff do hotel, de fato beberam da fonte d'O Grande Hotel Budapeste (2014). A intenção, segundo Frédérique Trou-Roy, criador do Manoush, empresa fornecedora dos uniformes para o hotel, era criar "um visual de luxo retrô para revisitar os clássicos dos grandes hotéis". Dito e feito:
o Le Grand Mazarin figura entre um deles agora.
Desde a porta de entrada, do
lobby, aos corredores e quartos, o Le Grand Mazarin
parece descolado do mundo real; uma experiência única e imersiva resguardada pelas paredes do hotel. A badalada esquina das ruas des Archives e de la Verrerie fica silenciosa, acolhedora e amena porta adentro. Grande parte disso se dá graças ao
décor milimetricamente calculado, onde todos os elementos parecem convergir em um único propósito: o conforto pessoal. Mais do que isso,
o hotel é uma ode à Paris, sua paixão pela arte e o seu espírito convidativo.
O nome por trás desse efeito é o de
Martin Brudnizki, arquiteto e designer sueco conhecido por seus projetos de luxo e fundador do MBDS Design Studio, cujo lema é: "Nosso foco em detalhes não é apenas uma obsessão, é nossa marca registrada". Com seu olhar apurado, a construção do século 14 que agora abriga o Le Grand Mazarin foi coberta por móveis antigos, objetos vintage, conchas embutidas no papel de parede e tapetes personalizados com detalhes barrocos. Seus 61 quartos e suítes, restaurante, bares, jardim de inverno, área de bem-estar e piscina, todos eles refletem o visionário décor de Brudnizki. "Queríamos que o hotel desse a impressão de ter sempre feito parte da paisagem do Marais.
Inspiramo-nos nas grandes casas da aristocracia, onde personalidades da literatura, arte e música se reuniam em residências suntuosas para se entregar aos prazeres das letras e das belas conversas", explica o designer.
Aqui, a arte pode ser sentida em todas as suas formas: com quase
500 obras de arte espalhadas pelo hotel, o Le Grand Mazarin colaborou com renomados artesãos franceses e jovens talentos para criar afrescos, iluminação e pinturas contemporâneas – uma forma de prestar homenagem ao ilustre
pedigree artístico de Paris, ao mesmo tempo em que evoca os salões literários do século XVII do Marais, onde as damas da sociedade organizavam reuniões nas suas mansões privadas, reunindo algumas das mentes mais inspiradoras da época.
Não à toa,
cada detalhe revigora a alma e surpreende os olhos; desde o aroma dos ambientes até as bugigangas, das flores aos talheres. “Há seis anos imaginávamos o Le Grand Mazarin como o tipo de hotel que sonharíamos descobrir se visitássemos Paris: corajoso, eclético, alegre, mas também
profundamente enraizado na sua cidade, na sua cultura, na sua história. Um hotel, clássico e peculiar, chique e inesperado", sintetiza Leslie Kouhana, presidente da Maisons Pariente.