Casas impressas em 3D começam a ser habitadas na Holanda
As casas impressas podem ser construídas com muito mais rapidez, flexibilidade e designs personalizados e são uma opção sustentável à tradicional alvenaria
Se há apenas alguns anos a impressão 3D era vista com uma certa desconfiança, os dias de hoje tem mostrado que essa é uma tecnologia possível, viável e que veio para ficar.
Neste ano, ao final do mês de abril, os inquilinos da primeira casa de concreto impressa na Holanda receberam suas chaves. A casa em Eindhoven – a primeira de cinco dentro do ‘Projeto Milestone’ – cumpre totalmente com todos os requisitos de construção do país.
A construção térrea possui 94 m2 área útil, incluindo sala de estar e dois dormitórios. Possui o formato de uma grande rocha, que se encaixa bem com o local natural e demonstra bem a liberdade de forma que é oferecida pela impressão 3D de concreto.
Graças ao isolamento extra espesso e uma conexão à rede de aquecimento, a casa é altamente confortável e eficiente em termos energéticos.
O concreto é o material de construção mais usado no mundo há décadas e todos nós estamos familiarizados com ele, sabemos como é e onde é usado. Tradicionalmente, derramamos concreto em fôrmas de madeira ou metálicas, e acabamos utilizando muito mais do que o necessário na construção. Ele é usado cada vez mais, o que é ruim para a emissão de CO2 na atmosfera e causa o agravamento do efeito estufa.
Uma das grandes vantagens é da impressora de concreto é que ela tem a capacidade de colocar concreto apenas onde for necessário construtivamente, sem sobrecargas às fundações e sem o desperdício de materiais.
Em princípio, as casas impressas podem ser construídas com muito mais rapidez, flexibilidade e designs personalizados. A ambição dos parceiros do Projeto Milestone é que a impressão 3D de concreto se torne um método de construção sustentável que contribua para resolver o déficit habitacional.
A casa consiste em 24 elementos de concreto que foram impressos camada por camada em uma fábrica em Eindhoven. Os elementos foram, então, transportados por caminhão até o canteiro de obras e colocados sobre uma fundação. A casa foi então dotada de telhado e caixilharia, sendo aplicados os acabamentos.
Via ArchDaily