No início do século 20 (tempo estimado de sua construção), essa propriedade em Joanópolis, a 120 km da capital paulista, servia como uma fazenda de café. O refúgio próximo à Serra da Mantiqueira possui uma
área total de 170 m² e atravessou os séculos com muita dificuldade. "A casa estava bem machucada pelo tempo", conta
Alberto Lahós, arquiteto que ao lado de
Marco do Carmo comandou a reforma da residência. "Porém fomos seduzidos pelo
terreno com pomar, rio, cachoeira e muito verde", completa Marco.
Preocupados em
não descaracterizar a arquitetura de época, Marco e Alberto se puseram a pesquisar o estilo das casas coloniais brasileiras e das construções locais antes de iniciar a reforma – que
levou seis anos para ser concluída. Assim, os arcos sob a varanda, um elemento muito comum nas fazendas brasileiras, foram mantidos.
Na reforma, nada foi perdido: as telhas francesas originais, por exemplo, passaram a cobrir a garagem; enquanto o casarão ganhou telhas do mesmo tipo, porém novas.
O volume da fachada principal foi mantido, apenas
atualizado com pequenos detalhes característicos das casas urbanas. No interior, porém, quase tudo foi alterado.
A segunda construção – uma
casinha térrea que funcionava como tulha, local de armazenamento de grãos – foi completamente remodelada. Assim, ela ganhou portas balcão vermelhas e teve o piso de tijolos totalmente restaurado.
Já os quartos foram transportados para cá, priorizando a vista para o terreiro. Nas três confortáveis suítes, as tesouras no teto reproduzem as que existiam no projeto original.
No estar e no antigo porão, os
tons suaves percorreram as paredes e os tecidos. Repare que na sala de estar, de jantar e nos quartos, a paginação do piso alterna entre uma madeira escura tatajuba com outra mais clara, a cumaru. Por fim,
a piscina foi posicionada para o antigo pátio de secagem de café e recebeu a mesma forragem de tijolos – material preferido da dupla de arquitetos. Veja mais fotos da casa de campo em Joanópolis na galeria abaixo:
Fonte: Arquitetura e Construção