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Casa da Criança no Paraná é restaurada para Secretaria da Cultura

A Casa da Criança estava fechada desde 2010 devido ao estado de conservação da estrutura

Por Ana Carolina Harada
Atualizado em 22 set 2017, 21h10 - Publicado em 22 set 2017, 16h58

A Casa da Criança foi projetada pelo arquiteto Vilanova Artigas e pelo engenheiro Carlos Cascaldi em 1953 para ser a primeira creche da cidade de Londrina. Inaugurada em 1955, ela atendeu às crianças londrinenses até 1984, quando se tornou Secretaria Municipal de Educação e Cultura e Biblioteca Pública. Os anos como secretaria, contudo, não serviram bem à obra. Dificuldades com licitações e empresas incapacitadas para manterem as características únicas e originais do prédio deixaram o empreendimento em péssimo estado de conservação. Em 2016, porém, depois de seis anos, a reforma foi concluída e o prédio foi reaberto para a cidade, no dia 4 de abril.

(Acervo do Museu Histórico de Londrina/CASACOR)

Hoje, a Casa da Criança abriga a Secretaria Municipal de Cultura e a Biblioteca Infantil, uma homenagem que remete à sua primeira função, além de ceder o espaço para variados eventos culturais como “contação de histórias” e lançamentos de livros, mediante agendamento.

Crianças brincam no solar da Casa (Acervo do Museu Histórico de Londrina/CASACOR)

Em 1955, Vilanova Artigas estava no Norte do Paraná conduzindo uma série de projetos de infraestrutura para a jovem cidade do café. As obras incluíam o Teatro Ouro Verde, uma rodoviária e uma creche. A Casa da Criança é então construída no centro para atender os pequenos de seis meses a um ano e meio, e logo se torna uma referência e um patrimônio para os londrinenses.

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O prédio tem claras inspirações no racionalismo das obras holandesas e alemãs dos anos 1920 e na obra do arquiteto francês Le Courbusier: a fachada é dinâmica, há pilotis, planta livre, janelas longitudinais e teto jardim. O formato em “L” foi uma solução para o terreno irregular. Seus quatro andares foram interligados por rampas que, apesar de íngremes, garantem fluxo e continuidade entre os pavimentos. Artigas, preocupado com os ocupantes da casa, projetou janelas e corredores que garantem a ventilação e iluminação interna de forma completamente natural. Essa arquitetura faz da Casa da Criança um prédio verdadeiramente público, pensado para pessoas; um patrimônio com muitas histórias por abrigar.


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