Clean, artístico e contemporâneo: esse é o Home Office de Rodolfo Consoli
Estreante na CASACOR São Paulo, o arquiteto Rodolfo Consoli apresenta um Home Office repleto de móveis vintage
O arquiteto Rodolfo Consoli estreou na CASACOR São Paulo 2024 assinando o Home Office, um espaço de 45 m² integrado a um grande apartamento montado no primeiro pavimento da mostra — o que permitiu ao visitante ter a experiência de adentrar uma residência completa.
Após a pandemia, trabalhar em casa em alguns dias da semana ou até mesmo em tempo integral deixou de ser provisório. Pensando nisso, o projeto buscou criar um espaço confortável, acolhedor e visualmente leve.
Para cumprir esse objetivo, o arquiteto investiu em materiais com texturas variadas, como marcenarias em MDF Carvalho Lyr, lançamento da Duratex, acabamentos em mármore Nuvolato com fundo rosa claro e veios bem marcados, estofamentos com tecidos texturizados e piso de porcelanato da Portinari, em tom areia.
Ao mesmo tempo, cores vivas aparecem em pontos estratégicos e quebram a monotonia dessa base neutra, como o estofamento do sofá em veludo mostarda, os quadros e o tapete com maxi estampa floral, em tons de verde, terracota e mostarda.
“Desde o início, não quis usar tinta nas paredes nem no teto. Minha intenção era abusar da madeira e mesclar com mármore natural, metal cromado e vidro. Queria um ambiente clean, mas aquecido com cores e texturas, especialmente nos tecidos dos estofados”, diz o arquiteto.
Além da mesa de trabalho próxima à janela da fachada, o Home Office conta com uma área de estar e com uma extensa estante piso-teto de marcenaria e mármore, composta por nichos pequenos para livros e adornos, um nicho central com função de bar e um outro nicho inferior para a lareira.
Para filtrar a luz externa e refletir no espaço o verde das árvores da Alameda Santos, Rodolfo lançou mão de persianas horizontais de madeira, também responsáveis por criar um escritório acolhedor. Outro recurso que ajuda a reforçar essa sensação é a iluminação indireta por trás do painel de marcenaria, projetada em direção ao teto e ao chão aos nichos da estante.
A decoração segue o estilo contemporâneo, pontuado por peças vintage garimpadas na Galeria Teo, com destaque para o sofá Maralunga, desenhado por Vico Magistretti para Cassina na década de 1970, a poltrona MP-71, criada por Percival Lafer, a cadeira de trabalho Commander, lançada por Jorge Zalszupin nos anos 60, e a mesa de trabalho com base tubular cromada e tampo de vidro.
Entre as produções contemporâneas de design assinado, o arquiteto menciona a reedição da poltrona Kid, criada por Zanine Caldas nos anos de 195o, e do gaveteiro em madeira Miniatura, criado por George Nelson também na década de 50 e atualmente produzido pela Herman Miller.
A curadoria de arte ficou a cargo de Adriana Jacob, que selecionou obras coloridas, a exemplo da tela de estilo concretista do artista Luis Sacilloto e dos cinco quadros que exploram o conceito de simetria e cores contrastantes, criados pela artista de Jandyra Waters.
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