O conceito A Casa Viva inspira projetos sustentáveis e potencializa o apelo de belezas e texturas naturais na 27ª edição da mostra, até 30 de outubro
Atualizado em 18 fev 2020, 07:42 - Publicado em 12 set 2018, 08:00
Sala de Banho, por Filipe Monte Serrat, Manuela Dantas, Marianna Resende, Silvana Moraes e Nara Cunha- Esquadra Arquitetos. CASACOR Brasília 2019 (Jomar Bragança/)
01/39 - Sala de Banho – Esquadra Arquitetos. Filipe Monte Serrat, Manuela Dantas, Marianna Resende, Silvana Moraes e Nara Cunha revelam a influência da volumetria e das cores de Luis Barragán. Do arquiteto mexicano, captaram o rosa no painel em azulejos. O revestimento tradicional utilizado de forma contemporânea reforça a geometria no ambiente de 41 m². O espaço também é relaxante, com objetos em palha e parte do piso dando lugar aos seixos. (Jomar Bragança)
02/39 - Lounge Bar Finitura – Ney Lima. O projeto reverencia o traçado original de Niemeyer e promove a integração entre ambientes interno e externo. O bar ao centro propicia espaços de convivência ao redor, explorando os 108 m². O mobiliário brasileiro contracena com obras de arte do brasiliense Christus Nóbrega. Dentre as inovações com um quê de nostalgia, o piso que remete à grenatina, bastante usada na década de 1960. (Jomar Bragança)
03/39 - Espaço do Chef São Geraldo – Choque Arquitetura e Design. Dimitri Lociks e Simone Turíbio atualizam as premissas do modernismo para o século 21. Diferentes tipos de porcelanatos aparecem em formato grande em brises e painéis. O cenário ganha poucas e bem-vindas interferências, como pendentes levíssimos na iluminação, aparador com pés em vidro e poltronas em couro. (Jomar Bragança)
04/39 - Varanda do Florista – Elder Galvão. As curvas originais de Niemeyer são acentuadas no ambiente, que recebeu poucas intervenções. O piso, paginado em grandes placas de quartzito artemis, transforma o azul Tiffany em protagonista. O mobiliário de design se faz presente em peças dos Irmãos Campana e de Ruy Ohtake. Elder Galvão assina as mesinhas com tampo de pedra exótica. (Jomar Bragança)
05/39 - Lavabo BSB – Debaixo do Bloco. Os cobogós são uma criação arquitetônica do Nordeste transformada em um dos símbolos mais conhecidos da capital federal. O elemento, reverenciado pelo arquiteto Clay Rodrigues, ganha destaque ao substituir as paredes por estruturas vazadas nestes 20 m². Para arrematar, fotografias de João P. Teles. (Jomar Bragança)
06/39 - Varanda da Árvore – Carolina Nathair. A árvore no espaço central é a grande atração do ambiente de 90 m² e foi o ponto de partida para o projeto. O chapisco vem nas paredes e destaca a tendência wabi-sabi, “a beleza do imperfeito”. O efeito contrasta com a delicadeza das luminárias em palha de Buriti, produzidas por uma artesã de Brasília a partir de design da profissional, acima das mesas em madeira de demolição. (Jomar Bragança)
07/39 - Studio Cento e 7 Ene – Debaixo do Bloco. A ideia de unidade-vizinhança é uma das criações mais brasilienses que existem e está no DNA deste studio, com 67 m². Os jogos de iluminação cênica conferem valor estético a brises, escalas e volumes da construção. Entre referências paulistanas e o modernismo de Brasília, Clay Rodrigues aposta na base monocromática em pedras nacionais e concreto, com interferências da madeira freijó e exemplares de mobiliário brasileiro. (Jomar Bragança)
08/39 - Jardim do Jornalista – Mara Rubia Magalhães. Para um visual minimalista, poucos e bons elementos. A parede de fundo recebeu um revestimento cimentício 3D, aplicado intencionalmente de maneira irregular. A iluminação com esferas de polietileno traz um apelo estético, acompanhando a simplicidade e o design das cadeiras suspensas, em cordas náuticas. Vasos brancos destacam a beleza da vegetação. (Edgard Cesar)
09/39 - Poesia Concreta – Studio Arch+. O poema “Das Pedras” da escritora goiana Cora Coralina, inspirou o loft de 100 m² de Juliana Veloso, Laísa Figueiredo e Renata Vieira. Elas apostaram na verdade dos materiais nas paredes e no piso, com a beleza ressaltada pela luz indireta. A madeira aparece em diversos tons, clarinha no teto e quente nos móveis. O mobiliário escolhido traz nomes consagrados como Jorge Zalszupin e Isay Weinfeld. (Jomar Bragança)
10/39 - Lavabo Carbono – Quadra 15. O carbono é o tema principal do ambiente de 20,5 m², determinando o uso do cinza e a atmosfera minimalista. Madeira, aço, concreto e o verde natural também somam forças, no espaço que sugere um paralelo entre o homem e seu habitat. Carolina Piana e Victor Craviée, que assinam o projeto, são vencedores da 6ª edição do Prêmio Jovem Profissional São Geraldo-CASACOR Brasília 2018. (Jomar Bragança)
11/39 - Jardim das Oliveiras – Depieri Paisagismo. O espaço de 1.500 m² inclui dois exemplares de oliveiras com mais de dois séculos cada. Sustentável, o jardim investe em plantas adaptadas às peculiaridades do clima árido e que não exigem muita água. A iluminação em LED também é econômica e destaca as formas dos exemplares gigantes de pata-de-elefante, butiás, tamareiras e aloe thraskii. (Jomar Bragança)
12/39 - #RefúgioVeredas_Cinex – Stúdio Denise Zuba. Nestes 500 m², convivem várias referências. O cerrado é citado nas fotografias de Bento Viana e em peças da região. O ambiente evoca os sertões mineiros, onde nasceu Denise Zuba, e Portugal, uma das origens do povo brasileiro, com a oliveira de 200 anos. Sofás e poltronas exploram diferentes vertentes do contemporâneo. Os espaços livres são conectados entre si por materiais e cores em comum - e são abertos ao jardim em grandes vãos com portas deslizantes. (Jomar Bragança)
13/39 - Paper Flowers – Studio Gontijo Arquitetura e Interiores. A árvore de flores de papel cita a recente campanha criada pela luxuosa joalheria de Nova York. Neste espaço de 50 m², a beleza das peças expostas é associada ao conceito arquitetônico e ao design biofílico, que dão relevância a elementos naturais como concreto, madeira e plantas. Os expositores em vidro são imersos na piscina iluminada, com os tons de turquesa da identidade visual da marca. (Jomar Bragança)
14/39 - Espaço Feito à Mão – Artesanato + Design Brasiliense/SEBRAE – Aline Ferreira e Julyanne Alves. O espaço de 90 m² promove a interação do público com o artesanato e peças de design locais, reunidos em ilhas de interesse. Cordas, galhos, madeiras e pintura terracota reforçam a vocação natural do ambiente, assinado por Aline Ferreira e Julyanne Alves. (Jomar Bragança)
15/39 - Jardim Cor de Cerrado – Gustavo Gall e Érica Cabral. A dupla idealizou o espaço de 126 m² para exibir a riqueza do bioma local. Por isso, trazem 15 espécies nativas diferentes e apenas duas ornamentais para compor o paisagismo. Já na parte de elementos criados pelo homem, o aço corten e seu tom quente ganham relevância, compondo uma volumetria em meio ao jardim. (Jomar Bragança)
16/39 - Casa de Campo – Miguel Gustavo. O arquiteto destacou pedras e madeiras naturais no loft de 120 m². O verde ganha destaque e foi a cor escolhida para uma das peças principais, o sofá, que conversa com a icônica poltrona Mole, de Sergio Rodrigues. O layout aberto favorece a convivência, mantendo sala e cozinha visualmente integradas. (Jomar Bragança)
17/39 - Allure Residence Noroeste – Juliana Leão. Os 90 m² reproduzem a área social do edifício, elegendo a madeira como revestimento e a mescla de cores avermelhadas e marrons para mais personalidade. Pinceladas de verde e azul rendem um frescor à composição, bem como o piso em mármore branco. Amilcar de Castro, o escultor baiano Zé Bento e Eduardo Sued estão entre os autores das obras de arte. (Jomar Bragança)
18/39 - Jardim das Sensações – Fábio Camargo. Para elaborar este trabalho de 400 m², o engenheiro agrônomo e paisagista buscou sua referência na história. Mais precisamente, Le Jardin de Plaisir, do francês Andre Mollet, dedicado à rainha Cristina da Suécia no século 17. Ele previa espaços para se observar os encantos da paisagem. Um desejo que permanece neste milênio, com uma perspectiva sensorial e sustentável. (Jomar Bragança)
19/39 - Varanda Gourmet – Alessandra Moussa. Com 60 m², o ambiente é perfeito para reunir amigos, com janelões que integram a paisagem. Na ambientação, o piso oxidado em tons de terra é um bom exemplo da mescla entre o rústico e o moderno. Almofadas e complementos handmade trazem um toque aconchegante, assim como o uso da madeira de reflorestamento. (Jomar Bragança)
20/39 - Living – Kramer Arquitetura/Obras 360º. Desenvolvido em 45 m² pela arquiteta Rosana Kramer, o living traz o rústico e ao mesmo tempo acompanha as tendências internacionais. A área do bar com adega foi delimitada pela caixa de madeira ripada, integrada à sala repleta de móveis confortáveis e materiais acolhedores, como couro, corda, pedra e madeira. (Jomar Bragança)
21/39 - Espaço do Empreendedor – Sérgio Borges. O arquiteto é um estudioso da neuroarquitetura e preparou uma experiência inusitada. Antes de adentrar no espaço em si, o visitante percorre o túnel de sete metros, revestido com duas tonalidades de madeira em réguas descontínuas. A iluminação traz um apelo gráfico e cria interferências na superfície. (Jomar Bragança)
22/39 - Lavabo Contrapontos – Projeto VI+LA. Vencedoras do Prêmio Jovem Profissional São Geraldo-CASACOR Brasília deste ano, Luma Moroshima e Priscila Gerardi utilizaram revestimentos que remetem ao cimento e aglomerados minerais no ambiente de 21 m². Elementos industriais, como a estrutura metálica que setoriza espaços, se unem à madeira e às plantas para criar um refúgio aconchegante. (Jomar Bragança)
23/39 - Praça Bárbara – Leo Romano. Leo Romano faz uma reverência à arquiteta Bárbara Paiva, que nos deixou este ano. Na praça, o ambiente de 355 m² se impõe com materiais que inspiram a reflexão, como o quartzito Perla Santana. A grande atração fica por conta pelo móvel em metal, que Leo Romano só revelou na abertura da mostra. (Jomar Bragança)
24/39 - Caixa de Memórias – Esquina Arquitetura. As arquitetas Clarissa Braga e Manuela Leite dispõem baús no ambiente de 54 m², com elementos que ativam a memória afetiva de quem passar por ali. A viagem ao passado continua nos móveis com pés palito, típicos dos anos 1950, sem deixar o presente de lado - bom exemplo são as irreverentes cadeiras Salsa, de Pedro Franco, nas cabeceiras da mesa, e a parede em azulejos. (Jomar Bragança)
25/39 - Lounge Resort – Gui Rodrigues. A mistura de materiais com apelo natural é o destaque nestes 68 m². Teto e paredes recebem placas de MDF. Já o piso traz um laminado no tom de concreto. Plantas e objetos se inserem na estante que divide espaços, pontuados por móveis modernos e lâmpadas de LED. As poltronas rosa millennial quebram a formalidade. (Jomar Bragança)
26/39 - Quarto dos Bebês – Carol e Reyla Montiel. Projetado para receber duas irmãs pequenas, o quarto tem inspiração clássica e quase tudo é feito à mão. Os móveis de madeira ganham entalhes artesanais e o enxoval é bordado em richelieu, uma das técnicas mais antigas que se conhece. As cores garantem a atmosfera delicada, em nuances de branco e cinza, além dos pastéis em tons de rosa e azul. (Jomar Bragança)
27/39 - Fachada Alameda – Angela Feitoza. A designer e arquiteta reafirma sua admiração por Brasília e Oscar Niemeyer, misturando elementos contemporâneos e minimalistas. Angela combina aço, muito verde e placas de concreto que formam mosaicos na fachada, em uma aplicação criativa do produto no espaço de 500 m². (Jomar Bragança)
28/39 - Estúdio Casa – Ângela Cambraia. A arquiteta tinha em mente a morada de um jovem artista e, para começar, expandiu a área útil: criou a cama suspensa com recanto de meditação, que é o grande destaque do projeto. As paredes aproveitam os espaços com armários, prateleiras e boards. O piso da década de 1970 foi recuperado e tem fôlego para comandar a ambientação, com móveis atuais e um layout versátil. (Jomar Bragança)
29/39 - Espaço Seriös – Allan Sávio. O ambiente de estudo e conhecimento, de 76 m², foi pensado como uma extensão do Colégio Seriös. A forma segue a função no projeto, com um mobiliário que conduz o visitante a interagir com o espaço - inclusive utilizando óculos de realidade virtual. Vermelho e branco predominam, aliados aos efeitos cênicos de iluminação. (Jomar Bragança)
30/39 - Living Gourmet Casapark – Studio + Valéria Gontijo. Valéria Gontijo, Isabela Moura e Isabela Valença assinam o espaço de 130 m², que tem como destaque o piso de placas de ardósia e as portas pivotantes em madeira freijó, tipo muxarabi. Teto e paredes foram neutralizados com a cor ferrugem, que faz uma combinação elegante com os elementos em tons de couro e o azul jeans dos estofados. (Jomar Bragança)
31/39 - Leroy Design – Hélio Albuquerque e Sonia Peres. Os blocos de vidro vazados propiciam um respiro no espaço de 120 m² e deixam passar a luz natural. Outro toque sustentável vem na conservação do piso de madeira original. O tom quente da madeira conversa com o ocre das paredes e a cor da palhinha, na icônica chaise Rio, de Oscar Niemeyer. O turquesa faz contraponto e revela a inspiração do décor: o óleo sobre tela de Burle Marx. (Jomar Bragança)
32/39 - Lobby das Artes / Bilheteria – Gilson Freire. A iluminação cênica transforma o espaço em galeria de arte, mas as texturas também se afirmam nas paredes ásperas, nos detalhes em madeira, nas pedras do balcão e no piso que reveste os 70 m². As cores naturais esquentam o ambiente, valorizando obras de arte e as fotografias de Gabriel Wickbold. (Jomar Bragança)
33/39 - Restaurante Libertad – Renata Dutra Arquitetura + Avocado Design. A equipe multidisciplinar pensou o espaço, que é o restaurante oficial da mostra, como uma extensão do indivíduo. O resultado é descontraído e sofisticado, conectando materiais que despertam a curiosidade. O piso bicolor é produzido com retalhos de mármore, o teto ganhou a cor verde e o quadroline é o revestimento de alumínio escolhido para algumas paredes. (Jomar Bragança)
34/39 - Refúgio Jeep – BEP Arquitetos. As sensações despertadas pela arquitetura são potencializadas pelo tema CASAVIVA. A integração ao jardim é o pretexto perfeito para exaltar as texturas dos materiais naturais, como o forro em madeira. Com paredes soltas, os espaços unem duas áreas: garagem e living aconchegantes, que compartilham a luz natural, nestes 115 m². A natureza também pauta a escolha da construção a seco, que minimiza os resíduos e o uso de recursos. (Jomar Bragança)
35/39 - Casa Arauco – Walléria Teixeira. O design escandinavo dá o norte para o ambiente, que investe na predominância de bege, cinza e preto, com toques de dourado. A luz natural ganha relevância, além da madeira clarinha e do mármore com vocação para obra de arte, na sala de banho integrada. Texturas se sobrepõem e compõem um cenário delicado para o mobiliário, que mescla peças antigas e contemporâneas. (Jomar Bragança)
36/39 - Casa de Vidro – Estúdio Orla. O charme cosmopolita de Nova York pautou a construção do café oficial da mostra, com mais de 100 m². O espaço incorporou vidro, madeira, elementos industriais e o uso de plantas no telhado, que conectam o visitante à natureza e trazem o conceito das florestas urbanas. Claro que as referências a Brasília não poderiam faltar, presentes em peças e mobiliário de designers locais. (Jomar Bragança)
37/39 - Anexo Concreto – Carpaneda & Nasr Arquitetos Associados. Concreto, pedra e madeira ripada são predominantes neste anexo de 130 m², que traz "uma arquitetura com muito significado e pouca informação", segundo Laísa Carpaneda e Flávia Nasr. Um detalhe interessante é a reinvenção da bay window vitoriana - a janela ao fundo ganha moldura em concreto, que funciona também como banco, para conversar e contemplar. (Jomar Bragança)
38/39 - Box 26 – Alf Arquitetura. O espaço era cercado por jardins, então André Alf e Marina Lage desenharam uma casa de vidro. O concreto, base da construção de Brasília, é a fonte inspiradora do ambiente de 70 m², utilizado no piso, nas paredes e bancadas. Repare, por exemplo, no aquário com espécies exóticas de peixes, transformado em estrutura de apoio ao bar. (Jomar Bragança)
39/39 - Amazônia Vivá – Só Reparos – MAAI – Arquitetos Associados. Entre as muitas “Amazônias”, os arquitetos Monica Pinto, Arnaldo Pinho e Isabel Veiga criaram uma brasiliense. O espaço de 170m² convida a uma exploração multissensorial com umidade do ar diferente, sons da floresta, tons calorosos, o verde exuberante e a textura rústica tipo chapisco na parede e no teto. (Jomar Bragança)