Lounge brinca com sensações, espelhos e luzes na CASACOR São Paulo

A arquiteta Carla Felippi trouxe um jogo de luzes e sombras que transmitem diferentes sensações para quem adentra o espaço de 85 m²

Por Redação
29 jul 2024, 14h21

Carla Felippi - Lounge Bar Happiness Alfa Realty. Projeto da CASACOR São Paulo 2024. (Bia Nauiack/CASACOR)

Logo na entrada da CASACOR São Paulo 2024, a arquiteta Carla Felippi assina o ambiente Lounge Bar Happiness, que convida o visitante a experienciar a atenção plena ao focar nas diferentes sensações provocadas pela iluminação — ou pela a ausência dela. Nos 85 m² que abrangem o espaço, a arquiteta simulou diferentes cenas de luz e até uma stroboscopic sequence, permitindo ao visitante mergulhar em uma experiência sensorial que intercala momentos de calmaria com o sentimento de excitação.

“O grande painel tensoflex proporciona a impressão de luz natural. Um convite para apenas sentir e observar nossas sensações, conectando-nos à nossa alegria genuína, a alegria da nossa criança interior”, explica a arquiteta, que estudou a biologia humana para entender como a arquitetura de interiores pode interferir no bem-estar das pessoas.

O ambiente traz elementos da natureza para potencializar as sensações: madeiras em tons suaves que forram o teto em muxarabi criam, junto às paredes, momentos de luz e sombra delicados, painéis com formas sinuosas, revestimentos em palha natural nas paredes e tecidos em linho e fibras tecnológicas ultraconfortáveis nos estofados.

O bar ilha, todo em vidro, recebeu equipamentos da linha vintage: a arquiteta apostou em um mobiliário com formas orgânicas e acolhedoras, além de tapetes desenhados especialmente para este ambiente. Ademais, o revestimento cimentício tridimensional, formado por oblongos esculpidos, compõe um painel com movimento, relevo e peças estonadas.

Para compor a decoração, Carla Felippi apostou na arte brasileira e em peças feitas à mão, combinando cores e desenhos de modo a imprimir os saberes ancestrais e transmitir um ar de pertencimento e memória afetiva.

“Painéis de espelhos redondos cobrem os pilares originais do edifício do Conjunto Nacional, patrimônio histórico de São Paulo, representando aqui uma ferramenta poderosa para que a sociedade possa olhar para o passado e consiga ter um melhor entendimento de como contruir seu tempo e o futuro para onde estamos indo”, diz a arquiteta.