Em 5 de setembro, celebra-se o
Dia da Amazônia, uma data que destaca a importância do
maior bioma do mundo. Na floresta, 6.700.000 km² reúnem um número estimado de 40 mil espécies vegetais e 30
milhões de espécies de animais. A região amazônica também abriga a maior quantidade de comunidades tradicionais de todo o território brasileiro: segundo o IBGE, são 440 mil indígenas e 420 mil quilombolas, além de comunidades de ribeirinhos, pescadores, agricultores familiares, piaçabeiros, peconheiros. A exuberância desse bioma e a urgência de ampliar os esforços para preservá-lo motivou arquitetos e paisagistas do
elenco CASACOR a desenvolverem espaços que homenageiam a Amazônia e apresentam
soluções sustentáveis para a
arquitetura e o
design de
interiores.
Neste Dia da Amazônia, relembre alguns desses projetos:
1. Vista Xingu, por Mônica Costa
A paisagista Mônica Costa realizou, na CASACOR São Paulo 2024, um tributo ao Rio Xingu: o
jardim de 265 m² representa a biodiversidade do bioma Amazônico, um dos territórios por onde percorre o rio.
Com esse projeto, Mônica abriu espaço para o debate sobre o
uso consciente dos recursos naturais.
“Ele induz à desconexão do entorno urbano. Veio daí a vontade de ocupá-lo com plantas e madeira carbonizada, empregada nas divisórias e nas jardineiras”, revela. Na lateral, a disposição das ripas insinua um código de barras – alusão ao comércio legal. O deque de cumaru e o banco esculpido de um tronco caído exemplificam maneiras sustentáveis de usar a matéria-prima. 2. Hutukara, por Adriana Farias
Neste banheiro de
37 m² apresentado na CASACOR São Paulo 2024, a designer de interiores Adriana Farias projetou no espaço a sensação de estar dentro da Amazônia. A palavra Hutukara, proveniente da cultura Yanomami, que habita o extremo norte da Floresta Amazônica, foi o nome escolhido para o ambiente. Em Yanomami, Hutukara significa significa mãe terra e mãe natureza, conceitos que guiaram a concepção do projeto. O teto curvo em tons de marrom, verde e azul simboliza a copa das árvores, as paredes no padrão da madeira jatobá remetem aos troncos e o quartzito da pia reproduz as cores da vitória-régia, espécie que nasce e floresce nas águas do Rio Negro, no Amazonas. Ladrilhos hidráulicos com grafismos indígenas formam um grande painel que expressa pensamentos, experiências e vivências. 3. Loft del Narrador, por Cláudia Weis Coelho
A história que norteia a concepção deste loft da CASACOR Peru 2024 é a da cultura Kukama, grupo indígena que habita a Amazônia do alto rio Solimões. Para conceber o espaço, a arquiteta se aprofundou na história de Yura, uma personagem focada na retomada de sua ancestralidade, tradições e conexão com a natureza. (Marcel Suurmond / CASACOR)
(Josefina Ferrand / CASACOR)
4. Ver-O-Verde, por Fabrício Pereira
O espaço de Fabrício Pereira para a
CASACOR Ceará 2022 resgatou o semblante da Amazônia para conceber um
jardim inspirado no bioma. O ambiente reproduz
as curvas sinuosas dos rios da Amazônia, cercado de uma exuberante e densa vegetação por todos os lados.
Outra referência utilizada por Fabrício foi o famoso
mercado do Ver-O-Peso, principal entreposto localizado em Belém do Pará, terra natal do arquiteto.
(Esdras Guimarães / CASACOR)
5. El Nido, por Anita Fernandez
Os ninhos suspensos de pássaros encontrados na Amazônia foram a inspiração para este espaço elaborado pela designer Anita Fernandez para a CASACOR Bolívia 2021. Na época da mostra, Anita ressaltou que buscou incentivar a seleção de materiais naturais e nobres na hora de elaborar projetos de arquitetura. O resultado foi um espaço orgânico repleto de materiais naturais, como terra, ubim, palha e até corantes foram trazidos de áreas como Amboró e Chiquitânia. “É um refúgio com design, um conceito amigo do ambiente”, afirmou a designer. 6. Fachada Sustentável, por Catharina Macedo, Juliana Garrocho, Sheila Beatriz e Roberto Lecomte
Quatro arquitetos na
CASACOR Brasília 2016 criaram um
a estrutura com peças plantadas da Amazônia para a fachada de uma das primeiras edições da mostra, junto com árvores nativas e madeira industrial e in natura. Resíduos de produção madeireira, que são mais curtos, formam a veneziana que protege a fachada da luz solar e das chuvas. Os arquitetos destacam a potência da tecnologia construtiva em madeira laminada colada, com a chancela do WWF-Brasil.