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SP-Arte chega à sua 15ª edição e o design se destaca ainda mais neste ano

O setor expandiu o número de expositores e foi dividido em cinco núcleos

Por Nádia Simonelli
Atualizado em 17 fev 2020, 16h39 - Publicado em 27 mar 2019, 16h49
(Divulgação/CASACOR)

A SP-Arte chega ainda mais abrangente em sua 15ª edição, no Pavilhão da Bienal, e, além de telas, esculturas e outras plataformas, o setor de design vem com força este ano. Isso porque, cada vez mais, o design vai além da funcionalidade e os objetos, muitas vezes, ganham status de peças de arte.

(Divulgação/CASACOR)

Por isso, o terceiro pavimento do prédio da Bienal – uma joia arquitetônica desenhada por Oscar Niemeyer – será inteiramente dedicado ao tema e ocupado por 45 expositores (12 a mais do que no ano passado). Outra novidade é que o setor será dividido em cinco núcleos: Moderno, Contemporâneo, Arquitetos, Designers Independentes e Antiquários. Entre peças vintages, reedições modernas e contemporâneas, o conjunto apresenta ao público a trajetória do design no Brasil, com uma homenagem ao centenário de nascimento de Zanine Caldas, um dos mais importantes designers e arquitetos do modernismo brasileiro.

O escritório de arquitetura e design urbano Plantar Ideias – também elenco da CASACOR –, formado por Felipe Stracci e Luciana Pitombo, apresenta na feira a nova coleção Trópicos, unindo a fibra de bananeira com o concreto. Saiba mais sobre o lançamento aqui.

Veja, abaixo, uma pincelada do que será apresentado em cada núcleo.

Modernos

Uma das principais galerias dedicadas ao mobiliário modernista, a Apartamento 61 leva a poltrona Boomerang, uma peça vintage que foi garimpada em uma casa dos anos 1960. Já a Loja Teo, outro endereço dedicado ao tema, apresenta um conjunto de mobiliário de Zanine Caldas, que tem a Poltrona N (1954) como um dos principais destaques.

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A Poltrona N de José Zanine Caldas (Divulgação/CASACOR)

Ainda no clima de celebração do grande mestre, a Etel traz reedições da Linha Z, que inclui 18 móveis selecionados e desenvolvidos em parceria com os familiares de Zanine. Detalhe: todos são numerados e produzidos artesanalmente. Além disso, essa coleção evidencia características fundamentais da obra do mestre, como o amor à mata, à madeira, a importância da beleza e do fazer artesanal.

Mesa lateral Ameba – José Zanine Caldas (Divulgação/CASACOR)

No espaço da galeria Passado Composto Século XX, o destaque ficará por conta de uma tapeçaria de Norberto Nicola (expoente da VII Bienal de São Paulo de 1965) e outra do artista francês Jacques Douchez. Além de exemplares raros de seu acervo estrelado, assinados por Joaquim Tenreiro, Geraldo de Barros, Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin.

Tapeçaria Desenvolvimentos – Jacques Douchez (Divulgação/CASACOR)

Contemporâneos

Neste núcleo duas marcas estreiam na SP-Arte: a Sollos e Louis Vuitton. A parceria de 15 anos entre Sollos e o designer Jader Almeida é celebrada no estande da marca, que levará clássicos de sua coleção como a cadeira Dinna e a mesa de apoio Jazz e o lançamento de uma nova peça: a poltrona Ella. Já a Louis Vuitton apresenta a coleção Objets Nomades, com móveis e objetos concebidos por grandes nomes do design mundial, como os irmãos Campana.

Objets Nomades – Louis Vutton (Divulgação/CASACOR)

A marca Ovo este ano lança duas novas linhas. A Paisagem traz estofados modulares e a Praça, mesas de centro e lateral feitas de madeira catuaba ou granito preto. Desta vez com peças inéditas, a Herança Cultural apresenta criações de Zanini de Zanine, Ronald Sasson, Rodrigo Ohtake e Marcelo Magalhães. E o Atelier Gustavo Bittencourt vem com o banco Benjamin, uma peça de madeira maciça, palha natural e estrutura metálica.

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Banco Benjamim – Gustavo Bittencourt (Divulgação/CASACOR)

Arquitetos

Novidade nesta edição da SP-Arte, este núcleo deve causar certo frisson entre os visitantes, pois apresenta projetos de mobiliário pouco vistos, assinados por grandes arquitetos brasileiros. Entre os nomes que apresentarão seus trabalhos neste setor, está Jaime Lerner, que começou a atuar no universo do design recentemente. Ele apresenta um conjunto de peças minimalistas, feitas de chapa de aço carbono, que inclui três cadeiras (Lua Turca, Toinoinoin e W) e a poltrona M, além de um trabalho inédito. E Paulo Mendes da Rocha + MMBB mostra o mobiliário desenhado para o Sesc 24 de Maio. A novidade é que peças serão produzidas em escala pela Ovo e estarão disponíveis para compra.

Na ala dos arquitetos mais jovens, destaque para Rodrigo Ohtake, que apresenta peças da linha Pouso, produzidas artesanalmente em aço inox pela Mekal.

Poltrona e mesa “Pouso” – Rodrigo Ohtake (Divulgação/CASACOR)

Designers Independentes

Aqui, a inovação está no ar. A ideia do espaço é estimular a inserção de novos designers no mercado. Exemplo disso é a designer Ana Neute em parceria com a Itens Collections, que lança uma coleção de luminárias de vidro borossilicato, com sete modelos diferentes. Já o Estúdio Rain apresenta a série Correntes, que são três esculturas de aço inox, produzidas manualmente com elos brilhantes. E a  arquiteta russa Vera Odyn, do escritório russo Form Bureau, estreia com trabalhos independentes, como a instalação Forest, que traz um espelho vertical de fundo preto, combinado a pequenas esculturas em aço. Para finalizar, apontamos também o trabalho da ceramista e designer Claudia Issa, para a Konsepta, que apresentará peças marcantes e brutalistas, capazes de transmitir através da linguagem artística o estilo de vanguarda da profissional.

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Forest – Vera Odyn (Divulgação/CASACOR)

A designer e ceramista Claudia Issa, para a Konsepta, participa pela primeira vez da feira, criando peças com características marcantes e brutalizas. A profissional apresenta a série Disforma, que incorpora o desigual e leva o espectador a compreender as partes, antes de compreender o todo. Também escolhe trabalhos inéditos, como os Metaforms que, com uma linguagem orgânica, exploram a ramificação da forma criando em cada objeto desdobramentos de si mesmos.

Peças de Claudia Issa para a Konsepta. (Divulgação/CASACOR)

Claudia exibe ainda a coleção Ânfora, que remete à objetos ancestrais, e a série Carbonos, já reconhecida por seu design formal e criatividade marcante que incorpora na cerâmica a forma de troncos incinerados em queimadas provocadas pelo homem.

Antiquários

Neste núcleo, a ideia é fazer uma viagem ao passado, com antiquários como o  Resplendor Antiguidades e Arte, Homenco Antiguidades e Sandra & Marcio. Eles levarão tapeçarias e mobiliários antigos. Rafael Moraes, por sua vez, apresenta joias raras dos séculos XVIII e XIX.

Ficou ansioso por tudo o que está por vir na SP-Arte? Então, prepare um look confortável para caminhar pela Bienal e anote na agenda:

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Serviço 15ª edição da SP-Arte

Quando?

4 a 6 de abril – quinta-feira a sábado, das 13h às 21h.

7 de abril – domingo, de 11h às 19h.

Onde?

Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera, Portão 3 – São Paulo, Brasil

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Quanto?

Entrada geral: R$50

Meia promocional: R$20*

*estudantes, portadores de deficiência e idosos com mais de sessenta anos [necessária a apresentação de documento]. O Vale-Cultura poderá ser utilizado para o abatimento de 50% do valor do ingresso. Crianças de até dez anos não pagam entrada.

 

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