Na Bahia, MAM reabre suas portas com homenagem a Lina Bo Bardi
Após reforma de cinco anos, o Museu de Arte Moderna da Bahia reabre com cerca de 300 obras que misturam arte popular e contemporânea
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Após uma longa reforma que se estendeu por cinco anos, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) reabre suas portas para visitação. A inatividade se somou a todos os efeitos da pandemia e as mudanças administrativas, depois de quase um ano sem direção.
Com a reforma, o casario do Solar do Unhão e o museu, um projeto criado por Lina Bo Bardi em 1959, ganhou novo píer, um atracadouro para barcos de pequeno e médio porte, uma reserva técnica e um restaurante. A maior parte da reforma foi feita pelo arquiteto André Vainer. O atracadouro e o restaurante têm assinatura do arquiteto baiano Adriano Mascarenhas.
Pola Ribeiro, que assumiu a direção do MAM-BA no início do ano, reforça o interesse de se reconectar ao Recôncavo Baiano. “Estamos dentro das águas da baía de Todos os Santos e agora vamos retomar essa via de mobilidade, podendo receber os barcos”, afirma. O museu agora fará parte do circuito náutico de Salvador.
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Daniel Rangel, o novo curador, aponta a vontade de vincular o MAM-BA a Lina Bo Bardi, que buscou criar uma instituição inovadora, com escola e oficinas onde o saber popular e o acadêmico caminham juntos.
A primeira exposição após a reabertura, intitulada “O Museu de Dona Lina“, apresentará uma fusão do acervo do MAM-BA com o do Arte Popular da Diretoria de Museus, formado pelo olhar de Bo Bardi. “Farei o diálogo que ela propôs: a relação do Recôncavo e do sertão com a arte moderna e contemporânea, trazendo uma das vertentes do modernismo baiano”.
Serão cerca de 300 obras, entre pinturas, esculturas, objetos, utensílios. Também será reproduzido o filme “Barravento”, de Glauber Rocha.
Fonte: Folha de S. Paulo