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Arquitetura sacra traduz espiritualidade em linhas e formas

Projetar templos e igrejas sempre foi um desafio para grandes arquitetos da história e para os profissionais do elenco CASACOR

Por Fernanda Drumond
Atualizado em 15 abr 2020, 17h06 - Publicado em 14 abr 2020, 15h30

A arquitetura sacra possui grande relevância na história com igrejas e templos neoclássicos, góticos, modernos. Mas sempre foi um grande desafio para arquitetos que buscam traduzir em formas a espiritualidade de um grupo em determinada época e contexto sociocultural.

(Divulgação/CASACOR)

Grandes nomes da arquitetura internacional se aventuraram em projetos sagrados. Frank Lloyd Wright concebeu espaços religiosos para templos protestantes, judaicos e cristãos. O mais conhecidos entre eles são o Templo Unity, em Oak Park, Illinois e a Sinangoga Beth Sholon, em Elkins Park, Pennsylvania.

(Divulgação/CASACOR)

Em 1950, Le Corbusier foi contratado para projetar uma igreja católica que substituiria uma outra anteriormente destruída durante a Segunda Guerra Mundial. O terceiro e último projeto religioso de sua carreira, a Capela Notre Dame du Haut, ou Nossa Senhora das Alturas, está localizado no sopé da cadeia montanhosa dos Vosges, próxima de Belfort, na França.

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(Divulgação/CASACOR)

O mestre da arquitetura brasileira Oscar Niemeyer também possui trabalhos dedicados à religiosidade. A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi o primeiro monumento a ser criado na capital federal. A pedra fundamental foi lançada em 12 de setembro de 1958, e sua estrutura ficou pronta em 1960, mas só em 1970 todas as fases da obra foram concluídas e os vitrais, projetados pelo arquiteto desde o início, foram instalados. A construção rendeu a Niemeyer o Prêmio Pritzker em 1988.

(Divulgação/CASACOR)

Na CASACOR Rio Grande do Sul 2015, a capela projetada por Dallagnol R Junior foi destaque. O número sete definiu a proporção estrutural e estética do ambiente de 11 m². A construção possuía sete metros de altura e sete vãos envidraçados; a mesma quantidade de lustres pendentes de cristal e de telas de LCD que funcionavam como quadros digitais. O algarismo foi escolhido por encontrar sentidos e correspondências em diversas religiões, caracterizando um perfil ecumênico. A neutralidade também foi traduzida nas formas puras e na cartela de cores claras, presente no gesso acartonado à prova d’água e no mobiliário, com acabamento em melamina amadeirada e lacas brilho e fosca.

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(Felipe Araújo/CASACOR)

Na CASACOR Ribeirão Preto 2019, Sérgio Coelho surpreendeu com o projeto Capela para todos os Santos. O ambiente voltado para um jardim, proporcionava a sensação de relaxamento. Seus elementos eram repletos de referências e significados. Construída em matérias nobres como o mármore, madeira e pedra, a capela recebia os visitantes com uma cruz iluminada. O ponto de partida era um altar com várias imagens de Santos. A ideia era que cada visitante encontrasse seu protetor.

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